Nesse 21 de dezembro, na passagem do 133º aniversário de nascimento do camarada Stalin (1879-1953), grande dirigente da revolução socialista de Outubro e do Estado Soviético, bem como do Movimento Comunista Internacional, homenageamos esse titã da classe operária mundial publicando um trecho do livro “Viagem”, de Graciliano Ramos.
Nessa obra, publicada postumamente, o grande autor de Vidas Secas e Memórias do Cárcere relata impressões de sua viagem à União Soviética e à Tcheco-Eslováquia, no ano de 1952, portanto, ainda durante a construção do socialismo nesses países. Graciliano Ramos, quando morreu, mal iniciara a dar a essas impressões a forma de um livro, de modo que o relato é particularmente vivo, espontâneo, e por isso mesmo de grande interesse.
No trecho por nós destacado, Graciliano Ramos (o “Mestre Graça”, no dizer de Jorge Amado) descreve o mar de retratos de Stalin que inundava Moscou quando da Parada Militar de 1º de Maio de 1952, e que foi criticado por alguns outros membros da delegação brasileira como “culto à personalidade”. Refletindo sobre o fato, o grande escritor e militante comunista (aderira ao PCB em 1945) oferece uma bela resposta ao velho e surrado canto da sereia que há décadas embala os agentes do imperialismo, os oficiais e os inconfessáveis, de Trotsky a Kruschev, de Hitler a Truman, e todos seus asseclas no Brasil. Aproveitamos a ocasião e publicamos também um outro trecho destacado da obra em questão, em que Graciliano Ramos relata sua visita ao Mausoléu de Lênin. A única observação que nos cabe fazer é que Graciliano Ramos erra ao caracterizar a URSS de então como uma sociedade em que não existia classes nem luta de classes –erro que se revelaria dramaticamente tão pouco tempo depois, quando a camarilha revisionista pratica o golpe de Estado em 1956, no funesto XX Congresso do PCUS. Mas, enfim, não podemos desmerecer o nosso escritor por não ter visto algo para o qual nem provados quadros revolucionários souberam atentar então.
Mais do que nunca, nos difíceis períodos de contrarrevolução em que vivemos, celebrar e defender a memória do camarada Stalin é simplesmente celebrar e defender a epopéia que foi a construção do socialismo no País dos Sovietes, desde a reconstrução econômica no mais completo isolamento, passando pela coletivização da agricultura, até a gloriosa vitória sob o nazi-fascismo na II Guerra Mundial.
Nessa obra, publicada postumamente, o grande autor de Vidas Secas e Memórias do Cárcere relata impressões de sua viagem à União Soviética e à Tcheco-Eslováquia, no ano de 1952, portanto, ainda durante a construção do socialismo nesses países. Graciliano Ramos, quando morreu, mal iniciara a dar a essas impressões a forma de um livro, de modo que o relato é particularmente vivo, espontâneo, e por isso mesmo de grande interesse.
No trecho por nós destacado, Graciliano Ramos (o “Mestre Graça”, no dizer de Jorge Amado) descreve o mar de retratos de Stalin que inundava Moscou quando da Parada Militar de 1º de Maio de 1952, e que foi criticado por alguns outros membros da delegação brasileira como “culto à personalidade”. Refletindo sobre o fato, o grande escritor e militante comunista (aderira ao PCB em 1945) oferece uma bela resposta ao velho e surrado canto da sereia que há décadas embala os agentes do imperialismo, os oficiais e os inconfessáveis, de Trotsky a Kruschev, de Hitler a Truman, e todos seus asseclas no Brasil. Aproveitamos a ocasião e publicamos também um outro trecho destacado da obra em questão, em que Graciliano Ramos relata sua visita ao Mausoléu de Lênin. A única observação que nos cabe fazer é que Graciliano Ramos erra ao caracterizar a URSS de então como uma sociedade em que não existia classes nem luta de classes –erro que se revelaria dramaticamente tão pouco tempo depois, quando a camarilha revisionista pratica o golpe de Estado em 1956, no funesto XX Congresso do PCUS. Mas, enfim, não podemos desmerecer o nosso escritor por não ter visto algo para o qual nem provados quadros revolucionários souberam atentar então.
Mais do que nunca, nos difíceis períodos de contrarrevolução em que vivemos, celebrar e defender a memória do camarada Stalin é simplesmente celebrar e defender a epopéia que foi a construção do socialismo no País dos Sovietes, desde a reconstrução econômica no mais completo isolamento, passando pela coletivização da agricultura, até a gloriosa vitória sob o nazi-fascismo na II Guerra Mundial.
A cidade estava cheia de retratos de Stalin –e isto provocou a observação indiscreta de um de nossos companheiros: a demonstração de solidariedade irrestrita não impressionava bem o exterior.
A Senhora Nikolskaya [intérprete que acompanhava a delegação –nota nossa] ouviu com paciência a crítica azeda, julgou-a, cortesmente, leviana e absurda: nenhum russo admitia que as coisas se passassem de outra maneira. Essa réplica isenta de motivos era, no meu juízo, superior a um longo discurso esteado em razões. Estávamos diante de um fato, e condena-lo à pressa, ao cabo de alguns passeios na rua, parecia-me ingenuidade. Com certeza ele era necessário, e devíamos, antes de arriscar opinião, investigar-lhe a causa. Realmente não compreendemos, homens do Ocidente, o apoio incondicional ao dirigente político; seria ridículo tributarmos veneração a um presidente de república na América do Sul. Não temos em geral nenhum respeito a esses indivíduos. Pelo contrário: a massa experimenta prazer em ataca-los, os jornais da oposição encarniçam-se em apontar-lhes as mazelas, reais ou imaginárias. O amor a um poder, na verdade bem precário, faz que essas criaturas se resignem a tomar diariamente um banho de lama. Verdades e calúnias confundem-se. Hoje em cima, embaixo amanhã, preso a interesses inconfessáveis, obrigado a mendigar o voto, alargando-se em promessas num instante esquecidas, o homem público é um ser mesquinho. Habituamo-nos a julga-lo trapaceiro e venal; as suas palavras em tempo de eleição, ocas e abundantes, são para nós desgraçadamente mentiras.
Bem. Trazemos no espírito a lembrança dessa figura triste, não a podemos afastar de chofre –e, chegando aqui, somos levados a compara-la ao estadista que passou a vida a trabalhar para o povo, nunca o enganou. Não poderia engana-lo. Esforçou-se por vencer o explorador, viu-o morto –e seria idiota supor que, alcançada a vitória, desejasse a ressurreição dele. É, desde a juventude, um defensor da classe trabalhadora. Esta expressão, razoável há trinta anos, tornou-se desarrazoada, pois aqui já não existem classes. Dedica-se ao trabalhador, e efetivamente não há, nos tempos que correm, grande mérito nisto. Difícil foi tomar o partido dos pobres no princípio do século, quando a teimosa resistência o levou à Sibéria e à tortura. Hoje a dificuldade seria escolher alguém a serviço dos patrões. Essa gente esvaiu-se na União Soviética, e a pessoa desejosa de servi-la necessitaria procura-la no exterior. Se examinarmos as coisas com os olhos do capitalismo, chegaremos à conclusão de que o traidor seria uma espécie de herói. Não precisamos inteligência para compreender esta coisa simples: lá fora, onde a luta de classes cada vez mais se acirra, o político, um boneco nas mãos do proprietário, não tem meio de rebelar-se ou ficar neutro, pois isto lhe ocasionaria a derrota; neste país livre da questão milenária, o sujeito recebe um mandato e fica na obrigação de ser honesto. Se admitimos esse infalível procedimento num deputado quirguiz ou siberiano, como pôr em dúvida o homem que, em mais de cinqüenta anos de prodigiosa labuta, se transformou num símbolo nacional? No começo foram os perigos, a vida subterrânea, o cárcere, o degredo, horríveis sofrimentos e a certeza de conseguir viver bem afastando-se deles; em seguida a tarefa gigantesca, sem pausa, a construção deste mundo novo que visitamos com assombro.
Não admitimos nenhum culto a pessoas vivas, perfeitamente: a carne é falível, corruptível, inadequada à fabricação de estátuas. Mas não se trata de nenhum culto, suponho: esse tremendo condutor de povos não está imóvel, de nenhum modo se resigna à condição de estatua. Homens embotados, afeitos à corrupção e à fraude, percebemos isto: a massa tem confiança absoluta nele –e manifesta a confiança impondo-lhe a obrigação de admitir as ruidosas aclamações e os retratos. Esse dever torna-se em pouco tempo uma rotina desagradável. O prazer consiste em realizar a obra sem par na maior revolução da história; receber agradecimentos e louvores miúdos por isto é uma redução a que o grande homem se submete. Agradecimentos e louvores palpitam na alma da multidão, e recusa-los seria uma ofensa, um erro que nenhum político bisonho cometeria. Na opinião da Senhora Nikolskaya, as coisas não poderiam ser de outro modo. Ela deve conhecer o seu povo.
Circula no Ocidente uma balela cretina: Stalin vive cercado por muros de ferro. Além da cortina que nos impede entrar na Polônia, na Tcheco-Eslováquia, em todos os lugares onde se processam convulsões diabólicas, há em torno do Kremlin vários impedimentos metálicos. Para entrar lá, um indivíduo se sujeita a minuciosa revista; a correspondência é estudada com rigor pela química; e o chefe só dá um ar da sua graça no meio de automóveis blindados, repletos de canhões e metralhadoras. Ora, tanto quanto posso julgar, a defesa desse homem está confiada à multidão. A sua vida constitui um patrimônio valioso demais, e nem imaginam, creio, que alguém deseje atentar contra ela. As salvas de palmas, os vivas extensos, os retratos numerosos, todas as demonstrações infindáveis vistas e ouvidas, são uma prova do sentimento unânime do povo. Enfim não existe sinal das cautelas excessivas badaladas nas folhas cristãs.
Circunstâncias imprevisíveis e malucas me puseram a alguns passos da notável personagem. Não procurei isso, não me impelia nenhuma curiosidade. Bastava-me conhecer livros e feitos. Mas no dia 1º de Maio, inexplicavelmente, surgiu-me perto o autor dos livros e dos feitos. Enquanto, na Praça Vermelha, a catadupa humana rolava sem descontinuar, a minha amiga Cristina ofereceu-me um binóculo. Possuidor desse instrumento, na verdade bem ordinário, elevei-me à última plataforma da escadaria, junto à muralha do Kremlin, dirigi-me à esquerda. Um arco de metal, baixinho, proibiu-me claramente ir além. Transpus sem dificuldade o obstáculo exíguo e, vendo a infração impune, venci mais dois, cheguei ao fim da plataforma. Nessa altura enxerguei Stalin a poucos metros, subindo a escada estreita que se encosta ao monumento de Lênin. Com certeza acabava de tomar algum descanso, voltava à demorada obrigação oficial. Apesar de achar-se a pequena distância, aproximei-o com o binóculo de Cristina. Pareceu-me gordo e curvo, mas provavelmente a curvatura se devia à marcha em degraus. Um sujeito buscou interromper-me, falando muito, gesticulando.
-Não entendo. Sou estrangeiro.
Como agora a escada estava deserta, recuei, desarmei a vista, distingui em redor vários dos seres que a imprensa do meu país considera monstruosos, sanguinários. Essas horríveis criaturas não me comeram. Faltava-lhes na verdade aspecto canibalesco: eram rapazes indignados com o meu procedimento irregular, embora me fosse impossível distinguir a causa da irregularidade. O que me interpelara em vão julgou-me sem dúvida obtuso, ergueu os ombros e afastou-se. Desviei-me também, passei um dos arcos, tentei de novo aproximar as figuras condecoradas, visíveis no terraço. Outro indivíduo perigoso me abortou o desígnio, articulou uma palavra semelhante a binóculo. Bem. O mal não estava em conservar-me ali, mas em utilizar vidro de aumento.
Desci, emaranhando-me em considerações. Que prejuízo o minúsculo objeto poderia causar? De fato aqueles homens se contentavam com formalidades. Havia demora e rigor no exame dos passaportes; carimbos e selos estavam na regra. E se o detentor de um desses livrinhos fosse criatura mal-intencionada? Impossível remontar à origem deles. Entre milhares de indivíduos, um inimigo poderia ter conseguido, nos bastidores da política, o instrumento indispensável ao direito de achar-se ali na escadaria do Kremlin. Isto me parecia quase certo. Limitavam-se a ver papéis. Os meus, naquela manhã, tinham sido vistos e revistos diversas vezes. E não haviam procurado saber se eu conduzia uma arma. Se, nos postos policiais abundantes nas esquinas, me sondassem a roupa, o cinto, os bolsos, não me sentiria com razão de melindrar-me.
Até me surpreendia não haverem feito isso. Porque afinal ninguém me conhecia. Perfeitamente razoável, sendo os meus intuitos indevassáveis, meterem-me as mãos nos bolsos. Nada disso. Uma confiança realmente inexplicável. Deixavam-me passar. E deixavam-me subir a escadaria, galgar as insignificantes barreiras de meio metro, avizinhar-me do homem que a burguesia odeia com razão. Stalin não vive numa toca, defendida por metralhadoras e canhões.
(Atlântico –15 –junho –1952.)
Três vezes por semana uma comprida fila se torce na rua, desemboca na Praça Vermelha, avizinha-se do Kremlin, paciente e vagarosa, entra no túmulo de Lênin. Essa a que nos incorporamos devia ter uns dois quilômetros. Pouco mais ou menos. Por aí. É uma procissão a que os moscovitas se habituaram, como se cumprissem um dever. Estranhamos não se haverem cansado, repetir-se há mais de vinte anos a marcha regular, monótona. Longas horas avançam, fazem lembrar os pingos lentos de uma torneira meio aberta, e a extensa linha não se reduz, novos contingentes chegam sempre, o filete escorre até que o fim da visita se aproxima.
Deteve-se alguns minutos por nossa causa. Em vez de levar-nos à retaguarda, forçar-nos à espera razoável, guiaram-nos à entrada baixa do monumento; um rápido cochicho fez o cortejo abrir-se, e nele nos intercalamos como intrusos. Chocou-me essa ofensa ao direito alheio: melhor seria colocar-me na extremidade e aguardar a minha vez. Encolhi-me, vexado. Que teriam dito em segredo àquela gente? Qualquer coisa semelhante à ordem me afligiria. Sosseguei. Uma senhora, perto, sorriu; outros indivíduos sorriram, cumprimentaram. A amabilidade imprevista e a voz do intérprete desfizeram-me as últimas nuvens. Não houvera no caso intervenção da polícia. Os gentis desconhecidos, sabendo-nos estrangeiros, atendiam pressurosos ao rápido murmúrio e ofereciam-nos espontaneamente os seus lugares. Outros sussurros se comunicariam às pessoas afastadas, num momento se explicaria o motivo da interrupção.
Esperando que os meus companheiros se insinuassem na abertura, lancei a vista aos anéis da cadeia imóvel, semelhante a um bicho decapitado, a cauda invisível, para lá da Praça Vermelha. Nenhum sinal de enfado percebi. Entramos, pouco a pouco nos adiantamos numa galeria, descemos vários degraus à direita, chegamos à cripta onde Lênin dorme num catafalco de mármore negro. Parece realmente dormir. Retardando o passo, recuamos no tempo, alcançamos os dias terríveis de Smolny: a fadiga atirou o gigante por algumas horas ao chão; vai levantar-se e prosseguir na tarefa imensa. A fisionomia tranqüila. Impossível admitir num cadáver tal expressão. Será na verdade múmia? Não distinguimos rugas, imaginamos o sangue forte a circular sob a pele corada. Provavelmente essa cor de vida é efeito da luz que banha a sala. A mão direita se abandona, fechada sobre a coxa; a mão esquerda, aberta, reforça a palavra esmorecida nos lábios, temporariamente. Os lábios vão descerra-se, ler pela segunda vez as teses lidas em 1917, em cima de um carro blindado; as mãos poderosas vão mover-se, fabricar um mundo. Essa idéia não me deixa, assombra-me a imortalidade exposta ali perto, no catafalco de mármore negro. Coisa estranha achar-se de repente o homem comum, insignificância das ruas, na presença de um demiurgo. Falta, entretanto, a esse formidável criador, a aparência olímpica das estátuas. À escultura será difícil arranjar-lhe majestade no metal ou na pedra. Exteriormente, um indivíduo normal. Não difere muito de nós –e é talvez o que nos arrasta, nos dá a ilusão de não sermos demasiado pequenos. O gênio conserva-se nos museus, nas bibliotecas, na história. Ali a dois passos, no mármore negro, surge-nos um trabalhador em repouso –e andamos com pés de lã para não perturbar-lhe o sono. Criatura vulgar, como os transeuntes que nos abalroam na multidão. Aumentam esse engano o diminuto físico e a roupa ordinária, calça e paletó iguais aos nossos, mais simples que os nossos. Uma certeza absurda me domina: os panos foram cortados e cozidos à toa, por alfaiate bisonho, adaptam-se mal ao corpo ali estendido. Há um desleixo proposital na arrumação: cada prega foi disposta, sem dúvida, com arte e demora. Sob uma colcha ou manta escura, as pernas desaparecem. E, no frio intenso da manhã, um agasalho envolve o pescoço, o indispensável cachenê reproduzido longamente em fotografias. Deslocamo-nos em fundo silêncio na penumbra da sala; o pequeno cemitério de povoou de fantasmas. A idéia insensata de que a figura abalsamada ainda vive é substituída por outra doidice: estamos insensíveis, deixamos de respirar, formamos um cortejo de mortos. Ao descer a escada, a linha adianta-se alguns metros, curva-se, avizinha-se de outra escada, mas essa viagem curta é ronceira demais; os movimentos se tornaram quase imperceptíveis. Os olhos arregalam-se, buscam não perder minúcia, esforçam-se por guardar a imagem que nos domina. A preguiçosa marcha leva-me à saída, e espero ver os degraus afastarem-se, prolongar-se à contemplação; pestanejar significaria para nós prejuízo de um fragmento de segundo. Caminho de costas, imagino um intenso clarão sob as pálpebras caídas: não quero admitir que ele se tenha apagado.
Bem. Agora o magnetismo cessou, podemos mexer-nos entre canteiros, no jardim do Kremlin. Realmente não são canteiros: são alegres sepulturas que a primavera enfeita e as asas leves animam. Vários bustos nos provocam recordações: envoltos em densas mortalhas de flores, jazem velhos conhecidos nossos. Na muralha da fortaleza, placas nos dizem onde se depositaram cinzas preciosas. Lá estão as de Gorki, Sverdlov, Kalinin, as de John Reed, o jornalista americano autor da célebre reportagem sobre “os dez dias que abalaram o mundo”. Esse nome nos enche de sentimentos bons. Perigoso entregar-nos a generalizações feitas à pressa. Nem toda a gente na América deseja aniquilar a humanidade com bombas atômicas e bactérias. Não vamos responsabilizar duzentos milhões de indivíduos, oito milhões e meio de quilômetros quadrados, porque um oficial de instinto ruim tentou furtar uma estatueta amarela no Hotel Savoy. (O autor refere-se a um episódio de oficial norte-americano, pego em flagrante tentando furtar uma obra de arte num hotel em Moscou –nota nossa). (29 –junho –1952.)
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