viernes, 21 de diciembre de 2012

LCP.- Ameaças à família do Paraíba

Orlando Pereira Sales, o ParaíbaOrlando Pereira Sales, o Paraíba
 Dezesseis dias depois do homicídio (29/11/12) de Orlando Pereira Sales, o Paraíba, liderança do acampamento Paulo Freire 3 de Seringueiras, ninguém foi preso, nem as testemunhas do assassinato foram ouvidas pela polícia civil, que em está em greve no estado de Rondônia. Desta forma, mais um crime por causa da terra pode permanecer na impunidade.

Ainda, a esposa de Orlando, que apenas está recuperando dum grave atentando sofrido em 04 de agosto der 2012, também tem sofrido ameaças: "Hoje estão celebrando o velório do Paraíba, daqui trinta dias celebrarão o velório dela". O Marimondo, acusado de ter atingido ela com três golpes de foice na cabeça teria mandado recado: "Somente deixei ela porque pensei que estivesse morta, porém vou terminar o serviço". Ela ainda deve ser submetida a uma delicada cirurgia para recuperar os ferimentos sofridos.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República realizou visita da equipe técnica ao local para ajudar a dar proteção da família do Paraíba, acompanhados pela CPT RO e posteriormente pela Ouvidora do INCRA de Rondônia, Dra Márcia. Porém em Rondônia ainda não existe convênio nem para o programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos nem para o programa de Proteção a Testemunhas.

O Ouvidor Agrário Nacional, Dr Gercino Filho, já solicitou no dia 06 de Dezembro ao Delegado Pedro Roberto Gemignani Mancebo, Diretor-Geral da Polícia Civil, a realização das oitivas as testemunhas da morte, porém até quinta feira, dia 13 de dezembro, isto não tinha acontecido.

Os bispos da Diocese Guajará Mirim e a CPT RO publicaram Nota Pública sobre a morte do Paraíba, a sexta morte por causas agrárias acontecida em Rondônia durante este ano de 2012.

Já em Brasília aconteceu seminário entre o Brasil e a União Européia de defensores de direitos humanos nos dias 10/11/12/do mês de dezembro de 2012, com presença de representante da CPT nacional e do estado de Rondônia. Depois de varias reuniões e debates com diversas lideranças e autoridades das esferas federal e estaduais de todas regiões do pais, a situação e os problemas dos direitos humanos, incluídos as ameaças e criminalização dos defensores, foram divulgadas numa carta, que foi entregue a ministra da secretaria de direitos humanos Maria do Rosário.

Fonte: CPT - RO

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