martes, 21 de agosto de 2012

MEPR.- massacre na áfrica do sul – polícia fascista mata 36 mineiros grevistas e relembra o aparthaid

Nesta quinta-feira, 16 de agosto, a polícia fascista da África do Sul matou 36 mineiros e feriu dezenas. Os mineiros, que trabalham na mina da companhia Lonmim, que é a 3ª maior exploradora de platina do mundo, exigem melhores salários e condições de trabalho. A paralisação teve início há uma semana, 10 de agosto, quando três mil trabalhadores pararam os serviços. Os mineiros organizavam a resistência, com paus, pedras e facões.

No dia 16, foi enviado para a região de Marikana um enorme contingente de policiais fortemente armados que abriram fogo contra os mineiros. A polícia afirma que em outros conflitos foram mortos policiais, e que no dia 16 os mineiros teriam iniciado os disparos, utilizam essa desculpa para justificar “legítima defesa”. A emissora de TV Reuters filmou o massacre, e só o que se vê é a crueldade dos policiais e total incapacidade de defesa dos mineiros que são alvejados a tiros de fuzil.

O vice-presidente da Lonmin limitou-se a dizer que se tratava de "uma operação policial contra os grevistas”, e em comunicado divulgado na quinta-feira, a empresa britânica disse ainda que a greve é ilegal e que se os trabalhadores não retornassem ao trabalho no dia seguinte estariam demitidos.

Esse é mais um massacre que mostra que as massas em cada quinhão do mundo, sobretudo nas semicolônias, como é o caso da África do Sul, são diariamente exploradas por mineradoras, empreiteiras, etc., que obtém lucros exorbitantes à custa da miséria e do sangue de milhões de trabalhadores e que não há um continente sequer em que as massas não estejam dispostas a lutar por seus direitos. Salta aos olhos a massividade dos protestos e a combatividade com que a massa de mineiros e seus familiares tem enfrentado o reacionário Estado da Africa do Sul.

Logo após o massacre as mulheres e familiares dos mineiros assassinados protestaram denunciando o fascismo do estado e exigindo punição para os assassinos!


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