Na última segunda-feira, 07/10, cerca de 50 mil pessoas protagonizaram mais uma manifestação histórica no Rio de Janeiro. Mais que uma passeata em defesa da educação, o protesto era um repúdio a todo o tipo de sucateamentos, terrorismos e violências perpetradas pelo Estado brasileiro.
A manifestação que se iniciou na Candelária tinha como destino a Cinelândia, onde na semana anterior foi aprovado pela Câmara de Vereadores do Rio, contra os profissionais da educação, o espúrio Plano de Cargos e Salários proposto por Eduardo Paes. Para garantir a votação o Estado lançou sobre os manifestantes uma violência brutal com muitas bombas e balas de borracha.
Ao chegar à Cinelândia os manifestantes incendiaram a câmara dos vereadores com coquetéis molotvs e fogos, e eram aclamados com aplausos por toda a manifestação a cada artefato lançado contra este prédio que dito muitas vezes como “casa do povo”, não passa de um verdadeiro balcão de negócios da burguesia e de oportunistas que tentam ludibriar o povo.
Ao tentar intervir, a tropa de choque da polícia militar foi obrigada a recuar frente à artilharia de coquetéis molotovs dos manifestantes, que com muita audácia davam, a sua maneira, o troco às agressões perpetradas pelo Estado ao povo através da sua polícia assassina, e em especial aos profissionais da educação em greve.
As massas ainda incendiaram um ônibus organizaram dezenas de barricadas e lançaram coquetéis molotovs no Clube Militar, casa dos fascistas que assassinaram e torturam durante o regime militar, e no Consulado Americano, representação do jugo imperialista em nosso país.
Em Defesa da Educação, Rebelar-se é Justo!
Mais uma vez foi reforçado que o caminho da luta combativa e independente é a única forma de dar consequências aos anseios populares. Todas as formas de dialogo já foram tentadas entre os profissionais em greve e o governo, e este último, como era de se esperar, tem sido incapaz de atender as solicitações dos trabalhadores da educação, respondendo-os com intransigência e violência, deixando mais evidente a cada dia que passa a justeza da rebelião popular.
É dever de todos os jovens, estudantes, secundaristas e universitários, defender com unhas e dentes uma educação pública, gratuita, de qualidade, e que sirva ao povo. Não podemos nos limitar apenas ao apoio aos trabalhadores da educação em greve, e sim organizar em nossas escolas e universidades, assembleias, passeatas, greves estudantis e ocupações de reitorias por todo o país.
Sem radicalização, não há avanço concreto na luta!
Rebelar-se é Justo!
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