jueves, 3 de octubre de 2013

"Cabral, quero ver prender geral"! ... MEPR

Na última quarta-feira, 25/09, a Frente Independente Popular do Rio de Janeiro voltou às ruas, em mais um combativo ato, dessa vez em frente ao Ministério Público. Essa instituição, que a muitos desavisados engana como “defensora dos direitos do cidadão”, revela cada vez mais sua face monstruosa de inimiga do povo. Enquanto em Pernambuco, por exemplo, foi o MP que entrou com ação questionando a legalidade da aprovação pelo parlamento estadual da proibição das máscaras, terminando por derrubar essa lei espúria, no Rio não apenas esse órgão não fez nenhum questionamento como, ao contrário, compõe a fascista Comissão Especial para investigação de atos de vandalismo em manifestações públicas (CEIV), já denunciada diversas vezes como o AI-5 de Cabral. Durante a manifestação foram distribuídas máscaras a todos os presentes que, colocando-as ao mesmo tempo, gritaram em alto e bom som para todos (inclusive os policiais atônitos) ouvirem: “Ei, Cabral, quero ver prender geral”!

As pautas apresentadas pela FIP-RJ foram três, sobre as quais não há qualquer negociação:

-Fim da CEIV;

-Libertação dos presos políticos (dois companheiros seguem encarcerados);

-Fim da proibição do uso de máscaras.

Protesto Popular e solidariedade derrubam a CEIV

Pouco depois da manifestação, o Ministério Público, através do Procurador-Geral Marfan Vieira, anunciava que entrava com pedido para a extinção da CEIV. Sérgio Cabral, em ato contínuo, declarou que aceitará esse pedido. Segundo Marfan, isso se deve porque a CEIV “já cumpriu o seu papel”. Mentira! Na verdade, foram os protestos populares, que não cederam com o aumento da repressão, e a solidariedade sobretudo aos companheiros Black Bloc’s presos que derrotou a CEIV. Não permitiram que sua mão repressora colhesse novos companheiros, pois o governo do Estado viu que seu nível de desmoralização tornou-se já irreversível, não tendo condições de justificar novas ações fascistas. Foi, portanto, o protesto popular, a recusa em recuar, que derrubou a CEIV. Essa é uma importante vitória do movimento popular independente do Rio de Janeiro.

Restam dois companheiros presos em função dos protestos: Marcos Ribeiro, que encontra-se no complexo de presídios de Bangu; e Rafael Braga Vieira, preso em Japeri. Rafael é morador de rua, foi preso no dia 17/06 com uma garrafa de cloro e acusado de “porte de material explosivo”. Essa é a “nobre” justiça de nosso país! Também resta a proibição do uso de máscaras, a qual é importante enfrentar. O ato da FIP, onde distribuiu-se máscaras e legalizou-se, na prática, as mesmas, demonstra a necessidade de prosseguir levantando esse debate.
Esquerda oportunista sumiu...

Dizemos mais acima que a derrubada da CEIV foi uma vitória do movimento popular independente do Rio de Janeiro. Por que? Porque na verdade PSOL/PSTU e seus satélites PCB, PCR etc., que vêm agora reclamar “unidade” NADA fizeram contra a CEIV ou pela libertação dos presos políticos. NADA. A FIP levantou essas pautas, sucessivamente, em todos os seus protestos, cerca de cinco no último mês, organizando inclusive manifestação junto da família do companheiro Wallace. Dissemos que nenhum companheiro ficaria para trás, e temos cumprido honradamente nossa palavra.

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