miércoles, 13 de febrero de 2013

MEPR.- Estudantes e trabalhadores da USP podem ser julgados a oito anos de prisão, por lutarem em defesa da universidade!

O apodrecido Estado brasileiro segue atacando e criminalizando á todos aqueles que lutam e se rebelam.

Na última quarta feira (06/02) a comissão de advogados que atuam na defesa dos estudantes da USP recebeu uma notificação do Ministério Público de São Paulo “informando” que as 73 pessoas, dentre funcionários e estudantes, que ocuparam o prédio da reitoria em Novembro de 2011 contra a presença da PM dentro do campus serão julgados pelos crimes de formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, desobediência, pichação e porte de artefatos explosivos. Somando todas essas penas a reclusão (prisão) pode se chegar a oito anos!

O processo já vem ocorrendo desde que a reitoria foi desocupada, ou melhor, desde que foi invadida pela tropa de choque que cometeu todo o tipo de abuso praticando, inclusive, tortura psicológica e agressões físicas a alguns. Tudo bem “orquestrado” pelo fascista Grandino Rodas (REItor) em conluio com o famigerado gerente estadual Geraldo Alckmin.

Todos que lutaram e justamente se rebelaram contra a presença da PM, em defesa de um ambiente livre e democrático receberam a primeira “punição” através de um processo administrativo interno da universidade: uma na suspensão de quinze dias no início desse ano.

Mas isso não bastou ao velho Estado, a sua “justiça” anti povo e a reitoria capacho do governo e seus ditames, pois querem puni - los como verdadeiros criminosos!

Esse é mais um fato que exemplifica a falência do “Estado Democrático de Direito” tão propagado por alguns, qualquer ação coletiva com pautas e bandeiras políticas passou a ser denominada pela “justiça” como “formação de quadrilha”. Vide o caso dos estudantes da UNIFESP do campus Guarulhos (SP) que foram presos (em junho de 2012) dentro da própria universidade por estarem em greve e protestando por suas bandeiras de luta e ameaçados de serem enviados a presídios da capital. Também os trabalhadores da construção civil na usina de Jirau (RO) que respondem a processos criminais por fazerem greve exigindo melhores condições de trabalho, nesse caso além de terem sido enviados a presídios, torturados e reclusos por vários dias agora trabalham sob as metralhadoras dos soldados da Força Nacional!

Essas são medidas não inéditas em nosso país, já foram muito praticadas no período da ditadura militar fascista. Polícia dentro de universidade e canteiros de obras, processo criminal contra estudantes e trabalhadores passou a ser uma ferramenta (mais uma vez) utilizada pelo velho Estado brasileiro em todas as suas esferas, sobretudo nos últimos dez anos, para criminalizar e usurpar os mínimos direitos de lutar e conquistar direitos.

Repudiamos esse farsante processo contra estudantes e trabalhadores da USP, que mesmo dentro da esfera jurídica se apresenta absurdamente, sem constatação de provas e apuração de fatos no processo de reintegração do prédio.

Não aceitamos o ataque contra o direito, duramente conquistado por muitas gerações, de agir e se manifestar em defesa de bandeiras de luta.

Abaixo a criminalização do movimento estudantil!!!
Rebelar – se é justo!

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