“Legado” da Copa é uma mentira:
A Copa do Mundo possui um orçamento de R$ 38 bilhões. Recurso esse que é bancado, em grande parte, ou totalmente, pelos cofres públicos, desde o BNDES até os órgãos estaduais e municipais. Estádios como o do Maracanã, por exemplo, estão sendo totalmente reformados, com dinheiro público, para serem depois entregues “de graça” a empresas privadas. Somente no sorteio do grupo das eliminatórias, ou seja, num único evento, realizado em julho do ano passado no Rio de Janeiro, foram gastos R$ 30 milhões!
É a farra das empreiteiras e dos “recursos não contabilizados” –eufemismo celebrizado pelo tesoureiro do PT para se referir à caixa 2 –para bancar as campanhas eleitorais.
É a farra das empreiteiras e dos “recursos não contabilizados” –eufemismo celebrizado pelo tesoureiro do PT para se referir à caixa 2 –para bancar as campanhas eleitorais.
Para fazer o povo engolir o fato, por si só escandaloso, de que tanto dinheiro seja torrado enquanto os hospitais e escolas/universidades estejam no estado por todos conhecido, o governo federal, apoiado em forte propaganda –sobretudo com a todo-poderosa Rede Globo –inventou o discurso do “legado da Copa”. O transporte seria “revolucionado”, as pessoas teriam mais ônibus, trem, metrô, seriam gerados milhões de empregos, enfim...Todos minimamente informados sabem que tudo isso é mentira, bastando lembrar o Pan-Americano ocorrido há apenas cinco anos atrás. Entretanto, como se diz por aí, a confissão de um inimigo de classe, em qualquer discussão, é “prova” que dispensa comentários.
Nesse sentido é esclarecedora a declaração realizada esta semana por Jerome Valcke, aquele secretário da FIFA que disse que o Brasil merecia um “chute no traseiro”. Valcke, sem a mesma preocupação eleitoral de seus cupinchas brazileiros (com z mesmo) disse com todas as letras:
“O que precisamos, com certeza, são dos estádios. Precisamos também que os aeroportos funcionem, que as pessoas possam se locomover de uma cidade para outra. Mas não podemos pensar que um país mudará completamente em cinco, seis anos“. Completando: “diante do atraso das obras, a Fifa já admite que os projetos ligados à Copa não terão um impacto que altere a cara do Brasil”. Ou seja: tendo estádios e aeroportos e, completamos da nossa parte, BOPE e Tropa de Choque nas ruas, o resto que se dane.
Será que o pessoal da UJS, mais conhecida como Juventude Mensalão, está surpreso com isso? E o “comunista” ruralista Aldo Rebelo, teria algo a declarar?
Na verdade, legado da Copa existe. O problema é pra quem:
Seria faltar com a verdade dizer que não há legado nenhum da Copa. Há sim: as milhares de pessoas que perderam e continuam perdendo suas casas em todo o País, em virtude de obras da Copa, não terão certamente seus lares e suas vidas devolvidas. Também a ocupação de favelas por unidades de assassinos “de elite” e, no caso do Rio, até pelo Exército, será certamente um legado da Copa. E que dizer dos lucros vultosos das empreiteiras ou, ainda, dos aeroportos mais lucrativos do País privatizados em nome da “eficiência” e do “espírito olímpico”?
Haverá um outro legado também. Aquele oriundo dos gastos públicos desmedidos com obras que, terminadas, não acrescentarão nada à infra-estrutura ou à capacidade produtiva do país, ou seja, gasto perdulário, sem retorno, que só alimenta a especulação imobiliária e o aumento da dívida pública. A Grécia, cuja economia vinha cambaleante desde sua adesão à União Européia, teve na realização das Olimpíadas de 2004 uma espécie de gota d’água para ser conduzida à bancarrota.
Ao povo o que resta, ainda e sempre, é a luta.
Nesse sentido é esclarecedora a declaração realizada esta semana por Jerome Valcke, aquele secretário da FIFA que disse que o Brasil merecia um “chute no traseiro”. Valcke, sem a mesma preocupação eleitoral de seus cupinchas brazileiros (com z mesmo) disse com todas as letras:
“O que precisamos, com certeza, são dos estádios. Precisamos também que os aeroportos funcionem, que as pessoas possam se locomover de uma cidade para outra. Mas não podemos pensar que um país mudará completamente em cinco, seis anos“. Completando: “diante do atraso das obras, a Fifa já admite que os projetos ligados à Copa não terão um impacto que altere a cara do Brasil”. Ou seja: tendo estádios e aeroportos e, completamos da nossa parte, BOPE e Tropa de Choque nas ruas, o resto que se dane.
Será que o pessoal da UJS, mais conhecida como Juventude Mensalão, está surpreso com isso? E o “comunista” ruralista Aldo Rebelo, teria algo a declarar?
Na verdade, legado da Copa existe. O problema é pra quem:
Seria faltar com a verdade dizer que não há legado nenhum da Copa. Há sim: as milhares de pessoas que perderam e continuam perdendo suas casas em todo o País, em virtude de obras da Copa, não terão certamente seus lares e suas vidas devolvidas. Também a ocupação de favelas por unidades de assassinos “de elite” e, no caso do Rio, até pelo Exército, será certamente um legado da Copa. E que dizer dos lucros vultosos das empreiteiras ou, ainda, dos aeroportos mais lucrativos do País privatizados em nome da “eficiência” e do “espírito olímpico”?
Haverá um outro legado também. Aquele oriundo dos gastos públicos desmedidos com obras que, terminadas, não acrescentarão nada à infra-estrutura ou à capacidade produtiva do país, ou seja, gasto perdulário, sem retorno, que só alimenta a especulação imobiliária e o aumento da dívida pública. A Grécia, cuja economia vinha cambaleante desde sua adesão à União Européia, teve na realização das Olimpíadas de 2004 uma espécie de gota d’água para ser conduzida à bancarrota.
Ao povo o que resta, ainda e sempre, é a luta.
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