martes, 26 de junio de 2012

MEPR.- Criminalização do movimento estudantil

Todo apoio aos estudantes combativos da UNIFESP! Abaixo a criminalização dos que lutam!

No mesmo dia em que o desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), concedeu liberdade ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, envolvido em um mega-esquema de corrupção com empreiteiros e políticos de praticamente todas as legendas, a Polícia Federal indiciou 22 estudantes do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por danos ao patrimônio, formação de quadrilha e constrangimento ilegal.

Esse é o tratamento que o velho Estado reacionário dispensa aos que lutam. A própria REItoria da UNIFESP convocou a polícia, na noite de quinta-feira, como comprova a publicação de áudio que está circulando na internet. Após a ocupação da reitoria pelos estudantes, a Polícia Militar já chegou ao local agredindo e prendendo manifestantes. Houveram tiros de balas de borracha e gás lacrimogêneo. Uma estudante detida chegou a sofrer um ferimento na perna e foi levada ao pronto-socorro. Note-se: trata-se de flagrante ilegalidade, uma vez que, se tratando de uma instituição federal, a PM não pode intervir.

 Alguns dos estudantes detidos são reincidentes, pois participaram da ocupação da REItoria que terminou no último dia 06 e podem, por isso, ser transferidos para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. Desde a noite de quinta-feira, dezenas de estudantes fazem vigília em frente a sede regional da Polícia Federal.

Histórico recente de luta  
 
No início do mês de Junho (06/quarta feira) 46 estudantes do campus de humanidades da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), localizado em Guarulhos (Bairro dos Pimentas) região metropolitana de São Paulo, sofreram um violento processo de reintegração de posse, sendo levados pelo ônibus da própria Universidade (!!!) para a sede da Polícia Federal na capital paulista.

Os discentes estão em greve desde o dia 22 de Março e ocupavam a Diretoria Acadêmica e o Restaurante Universitário acerca de duas semanas. Dentre as suas reivindicações estão: a construção de um prédio definitivo para o Campus (“prometido” desde sua inauguração), ampliação do restaurante universitário, construção de moradia estudantil, aumento do valor da bolsa auxílio permanência.
O campus Guarulhos foi criado em 2007 e desde sua abertura não possui um prédio definitivo para o funcionamento de suas atividades. Aderindo ao famigerado REUNI o número de alunos só aumentou durante os anos e sua estrutura permaneceu intocada desde o seu início. Os cinco anos de sua existência é marcada por protestos, ocupações, greves estudantis que resultaram nas conquistas que se têm no campus como, por exemplo, o próprio restaurante universitário.

Os seis campi da UNIFESP estão paralisados aderindo à greve nacional dos professores das Universidades Federais, e os estudantes em luta mais uma vez deram um exemplo de combatividade para ser seguido: radicalizar e “engrossar” a mobilização nacional com as pautas estudantis!

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