Polícia do Rio terá Caveirão “anti-distúrbios”:
No esteio da realização dos mega-eventos Copa do Mundo e Olimpíadas e, principalmente, num cenário de aumento da efervescência social e do protesto popular de modo geral, o governo do Rio de Janeiro anunciará em breve sua mais nova aquisição:os novos carros blindados (“Caveirões”) Maverick, da empresa sul-africana Paramount, a serem usados em operações das polícias militar e civil. A secretaria de segurança alega urgência na compra.
Na verdade, ocorrerá uma reestruturação da polícia visando os Jogos. Chama a atenção, entretanto, que a prioridade do governo é reequipar, ainda este ano, o Batalhão de Choque da PM. Este será reequipado antes mesmo do BOPE, unidade de “elite” (leia-se: unidade para tortura e execuções sumárias) da corporação. Tanto que do total de 10 Caveirões comprados na África do Sul, três ou quatro serão adaptados pelo fabricantes para serem usados na contenção de “distúrbios”, ou seja, repressão a manifestações populares.
Trata-se de uma versão de blindado do tipo que estamos acostumados a ver nos protestos chilenos –só que, no caso do Rio de Janeiro, será mais “completa”, digamos assim. Além das torres que serão instaladas para lançamento de jatos d’água, os novos Caveirões do Batalhão de Choque virão equipados com lançadores de granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Nos tempos do regime militar, a polícia carioca utilizava blindados desse tipo, que ficaram conhecidos à época como “brucutus”. Estes blindados foram utilizados, pela última vez, na repressão a um protesto contra o aumento das passagens em 1987, no centro da cidade.
Trata-se de uma versão de blindado do tipo que estamos acostumados a ver nos protestos chilenos –só que, no caso do Rio de Janeiro, será mais “completa”, digamos assim. Além das torres que serão instaladas para lançamento de jatos d’água, os novos Caveirões do Batalhão de Choque virão equipados com lançadores de granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Nos tempos do regime militar, a polícia carioca utilizava blindados desse tipo, que ficaram conhecidos à época como “brucutus”. Estes blindados foram utilizados, pela última vez, na repressão a um protesto contra o aumento das passagens em 1987, no centro da cidade.
A única explicação para este “reaparelhamento” do Batalhão de Choque é o medo crescente, por parte dos “de cima”, do aumento da revolta em camadas cada vez mais amplas da população. Como resposta às péssimas condições de transporte ou à violência policial, têm ocorrido diversas manifestações em estações de trem, metrô ou nas principais vias expressas da cidade. Também as greves, como de bombeiros ou professores, além das mobilizações estudantis, têm se sucedido. E não será Caveirão nenhum que impedirá que essas manifestações sigam ocorrendo. Ao contrário: o aumento da repressão e de toda uma legislação draconiana que valerá no período dos mega-eventos, instaurando de fato um Estado de exceção, só coloca a necessidade do povo elevar por sua vez, ainda mais, a sua organização, dando respostas ainda mais contundentes e correspondentes ao nível criado por essa nova situação.
Gostaríamos de terminar esta matéria, aliás, indagando aos incorrigíveis oportunistas sobre o que propõem fazer diante dos novos blindados: será que chegarão ao ponto de propor que atiremos flores para eles? Temos certeza que a maior parte da juventude preferirá tomar um outro rumo, no qual contará com todo nosso apoio.
Gostaríamos de terminar esta matéria, aliás, indagando aos incorrigíveis oportunistas sobre o que propõem fazer diante dos novos blindados: será que chegarão ao ponto de propor que atiremos flores para eles? Temos certeza que a maior parte da juventude preferirá tomar um outro rumo, no qual contará com todo nosso apoio.
ABAIXO A REPRESSÃO POLICIAL!
REBELAR-SE É JUSTO!
REBELAR-SE É JUSTO!
No hay comentarios:
Publicar un comentario