O Movimento Estudantil Popular Revolucionário realizará na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na próxima quinta-feira 12/04,
às 18:30, no auditório 93, importante debate pela Punição dos crimes do regime
militar. Integrarão a mesa o Grupo Tortura Nunca Mais, o Centro Brasileiro de
Solidariedade aos Povos e o Movimento Feminino Popular.
Mais do que nunca faz-se necessário
unir todos os que militam pela apuração e punição dos crimes perpetrados
pelo terrorismo de Estado no período do gerenciamento militar. O que
está demonstrado pelos fatos é que finalmente se avoluma o movimento
popular em defesa dessa bandeira, condição fundamental para levar
adiante a luta. E, como em qualquer fenômeno, à medida que a luta ganha
corpo, deslinda campos: de um lado, o oportunismo, com sua esquálida
Comissão da Verdade e defesa de uma "reconciliação nacional" que nada
mais é que uma lei de auto-anistia aprovada no contexto da transição
lenta e gradual; de outro, aqueles que se somam à luta, particularmente a
juventude, que não pode ser controlada por quaisquer acordos e
interesses de bastidores e entende muito claramente que memória sem
ação, apuração sem punição não pode servir de fato aos interesses do
povo brasileiro.
Por isso, é necessário organizar esse clamor crescente em uma CAMPANHA,
que combine debates, atos públicos, escrachos de torturadores em suas
residências e locais de trabalho, etc. É necessário deixar claro que
essa movimentação política NÃO CAIRÁ até que a espúria
Lei de Anistia seja revogada -como o foi na Argentina e Uruguai, por
exemplo -e o último torturador, assassino, cúmplice, mandante e executor
sejam punidos.
Qualquer criança aprende na escola que
os generais nazistas que sobreviveram à II Guerra e não conseguiram
fugir para Estados Unidos, Inglaterra ou satélites foram julgados em
Nuremberg e enforcados pela Corte dos aliados. Ninguém, execto meia
dúzia de loucos, se compadece da sorte desses facínoras. Data do fim da
II Guerra Mundial, aliás, boa parte da legislação a respeito de crimes
de guerra e de lesa-humanidade.
Por que, em nosso país, podemos
consentir que aqueles que esquartejaram, estupraram, torturaram
crianças, idosos, mantiveram casas clandestinas de tortura e morte
estejam soltos, pronunciando palestras e escrevendo livros, mesmo sendo
réus confessos de crimes imprescritíveis?
Não consentimos! Não perdoamos! Não esquecemos!
É necessário multiplicar por todo o país
a discussão sobre esse tema sem esquecer que mover as idéias serve a
impulsionar a ação.
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