jueves, 12 de abril de 2012

MEPR convoca debate pela Punição dos crimes do regime militar

O Movimento Estudantil Popular Revolucionário realizará na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na próxima quinta-feira 12/04, às 18:30, no auditório 93, importante debate pela Punição dos crimes do regime militar. Integrarão a mesa o Grupo Tortura Nunca Mais, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e o Movimento Feminino Popular.

 
Mais do que nunca faz-se necessário unir todos os que militam pela apuração e punição dos crimes perpetrados pelo terrorismo de Estado no período do gerenciamento militar. O que está demonstrado pelos fatos é que finalmente se avoluma o movimento popular em defesa dessa bandeira, condição fundamental para levar adiante a luta. E, como em qualquer fenômeno, à medida que a luta ganha corpo, deslinda campos: de um lado, o oportunismo, com sua esquálida Comissão da Verdade e defesa de uma "reconciliação nacional" que nada mais é que uma lei de auto-anistia aprovada no contexto da transição lenta e gradual; de outro, aqueles que se somam à luta, particularmente a juventude, que não pode ser controlada por quaisquer acordos e interesses de bastidores e entende muito claramente que memória sem ação, apuração sem punição não pode servir de fato aos interesses do povo brasileiro.
 
Por isso, é necessário organizar esse clamor crescente em uma CAMPANHA, que combine debates, atos públicos, escrachos de torturadores em suas residências e locais de trabalho, etc. É necessário deixar claro que essa movimentação política NÃO CAIRÁ até que a espúria Lei de Anistia seja revogada -como o foi na Argentina e Uruguai, por exemplo -e o último torturador, assassino, cúmplice, mandante e executor sejam punidos.

Qualquer criança aprende na escola que os generais nazistas que sobreviveram à II Guerra e não conseguiram fugir para Estados Unidos, Inglaterra ou satélites foram julgados em Nuremberg e enforcados pela Corte dos aliados. Ninguém, execto meia dúzia de loucos, se compadece da sorte desses facínoras. Data do fim da II Guerra Mundial, aliás, boa parte da legislação a respeito de crimes de guerra e de lesa-humanidade.

Por que, em nosso país, podemos consentir que aqueles que esquartejaram, estupraram, torturaram crianças, idosos, mantiveram casas clandestinas de tortura e morte estejam soltos, pronunciando palestras e escrevendo livros, mesmo sendo réus confessos de crimes imprescritíveis?

Não consentimos! Não perdoamos! Não esquecemos!

É necessário multiplicar por todo o país a discussão sobre esse tema sem esquecer que mover as idéias serve a impulsionar a ação.

CADEIA PARA OS CRIMINOSOS DO REGIME MILITAR!

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