sábado, 10 de marzo de 2012

MEPR.- A Greve dos Professores do Estado de Goiás Continua!




Mais de um mês de Greve dos professores da Rede Estadual de ensino deram provas de disposição à luta como há muito tempo não se via. A formação do grupo Mobilização dos Professores de Goiás foi imprescindível para os êxitos da categoria diante repressão do governo. O Mobilização dos Professores de Goiás surge a partir da necessidade de contrapor o oportunismo histórico do sindicato – SINTEGO controlado a mãos de ferro pelo PT.

Durante o período de Greve os professores têm sofrido repressão de todas s formas, com corte ponto, truculência policial, ataques difamatórios na imprensa, aos quais têm respondido com muita firmeza na luta.

Muitas manifestações: passeatas pararam as principais vias da cidade; carreatas; colégios paralisados; os estudantes de várias escolas chamaram os professores à greve; perseguição da agenda do governador e do secretário de educação.

Direito para quem?

A sociedade goiana a cada dia apóia mais o movimento grevista e entende a necessidade de lutar por uma educação de qualidade.

Diante desse apoio foi impossível ao judiciário continuar arbitrando a greve como ilegal. Após decisão liminar dando a greve como ilegal, foi reformada pelo TJ reconhecendo a legalidade da greve, apesar do acórdão hora nenhuma escrever isto com clareza.

Mesmo com a declaração do judiciário os professores tiveram seu ponto cortado e estão sendo ameaçados de exoneração. Tal situação só demonstra que o direito greve, conquistado por nosso povo com muito suor e sangue em séculos de luta, não é respeitado pelo Estado opressor.





Organização, propaganda e combatividade.

Depois dessas semanas de luta os professores foram entendendo que é preciso ir mais a fundo no seu movimento, é preciso enfrentar mais, formar a consciência política da base e, principalmente, ser mais radical, para efetivamente tencionar o governo a voltar atrás nos seus intentos.

Por isso, o Mobilização dos Professores de Goiás tem perseguido e denunciado o governador Marconi Perillo, o secretário de educação Thiago Peixoto e todos os deputados que votaram a favor do governo.

As últimas três sessões na Assembléia Legislativa aconteceram sob gritos constantes dos professores que deixaram os deputados encolerizados. Em vários eventos, as tais “solenidades”, que os governantes e poderosos fazem para se confraternizar foram marcadas pela presença de professores com faixas, cartazes e palavras de ordem, ficando cara a cara com o governador furioso, até mesmo na sua festa de aniversário.


O trabalho de conscientização da sociedade também tem acontecido nos nichos eleitorais dos deputados, o Mobilização dos Professores em Goiás organizou panfletagem na porta da sede da igreja Luz para os Povos, cujo dirigente, Fábio Souza, é deputado pelo PSDB. Os seguranças da igreja tentaram retirar os professores com violência, mas os próprios fiéis da igreja impediram. Outro caso é do deputado Francisco Júnior (PSD), líder da Renovação Carismática Católica, vaiado durante uma missa em que atacava os professores.

Também a mídia que tanto atacou os companheiros sofreu um revés, durante as chamadas ao vivo das emissoras os professores tem mostrado seus cartazes com palavras de ordem sobre a greve.

Nas Universidades também tem se montado debates sobre a Greve e a educação pública. Os cursos de licenciatura da UFG e UEG fizeram monções de apoio à greve. Inclusive, amanhã antes do show do Nasi (ex-Ira), no fechamento da Calourada da UFG, os professores terão cinco minutos de fala.

Agora é tempo de não temer de ir pra luta com todo vigor, vontade e determinação que os professores mostraram que são capazes. Devemos buscar maneiras variadas e efetivas de pressionar o governo. Ocupações, manifestações combativas esse deve ser o pensamento de cada educador que queira derrubar a medidas autoritárias de Marconi Perillo.

O SINTEGO trai novamente e a categoria resiste.
















Com tanta pressão e com medo do movimento ir tomando atitudes cada vez mais combativas o governo foi obrigado a chamar para negociar, em reunião que ocorreu no dia 05 (segunda-feira).

A reunião de negociação aconteceu às portas fechadas com o SINTEGO, o governador, secretário de educação e todos os deputados – chamados de última hora.

Um dia inteiro de reunião produziu um pequeno documento com uma proposta vaga, frágil de que os professores voltem às aulas para que daqui a 40 dias voltem as negociações. Sem contar que não falava nada na melhoria da situação caótica das escolas.

Através do SINTEGO, o PT aprovou tal proposta de desmobilizar a categoria por uma esmola, para, segundo eles, daqui algum tempo se pensar em lutar novamente. Isto tem um nome e é traição.

Quem defende essa proposta sabe muito bem o quão seria difícil mobilizar novamente a categoria para reivindicar seus direitos depois da Greve e, mais, o governo só chamou à negociação por estar acuado; a greve conseguiu fustigar sua imagem perante o povo, esse é o momento de pressionar mais!
Está claro que a reunião do dia 05 era de como acabar com a greve e, além disso, decidir quanto cada grupo partidário receberia para manter-se inerte.

Mas nem toda a estrutura e as manobras mais descaradas do SINTEGO foram capazes de diminuir o sentimento de revolta dos professores. Na Assembléia realizada ontem (08/03), pela manhã, o SINTEGO tentou manobrar de todas as formas: impedindo intervenções, atacando o grupo Mobilização com mentiras, usando o discurso do governo de que “os estudantes querem aula e o bom professor precisa voltar para o trabalho”, dentre outras atitudes grotescas.

Só que nada disso conseguiu superar a organização dos professores. O Mobilização espalhou cartazes por toda a Assembléia, com os dizeres “A greve continua!” e puxou a palavra de ordem que dizia “SINTEGO traidor! SINTEGO traidor!”. Os gritos chegaram a superar as caixas de som.

A votação foi quase unânime: A GREVE CONTINUA POR TEMPO INDETERMINADO!

 

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