O juiz de Ariquemes José Augusto Alves Martins determinou novo despejo
para os camponeses da Área Canaã. As 126 famílias podem ser despejadas
ainda esta semana! Os camponeses vivem nas terras desde 2001. Quando lá
chegaram, só havia cacau abandonado e carreadores de toreiros. O Incra
fez uma vistoria que comprovou que a área era improdutiva e
inadimplente. Desde então os camponeses sofreram vários despejos, mas
sempre retomaram suas terras.
Hoje o Canaã está de encher os olhos: roças e criações variadas, casas,
ônibus e caminhões saindo toda semana cheios de produção, escolares 2
vezes por dia lotados de estudantes, quilômetros de estradas construídas
pelos próprios camponeses. Atualmente, é o maior produtor de banana de
Rondônia. São centenas de homens, mulheres e crianças que investiram
tudo o que tinham no Canaã e lá vivem dignamente do seu próprio suor,
trabalhando a terra no braço, sem financiamento ou qualquer tipo de
ajuda do velho Estado.
Antes da chegada dos camponeses...
Onde hoje está a Área Canaã, antes eram lotes de terras públicas de 200
alqueires, chamados de burareiros. Em 1978 e 1979 o Incra concedeu
Contratos de Alienação de Terras Públicas (CATPs) dos lotes. Quem
assinou estes contratos tinha o direito de usar a terra, mas não ganhava
a propriedade dela. E tinha ainda várias obrigações, como comunicar ao
Incra a “venda” do lote e manter uma lavoura de cacau em pelo menos
metade do burareiro. No contrato está claro: quem não cumprisse os
deveres perderia o direito de usar a terra.
Em 1986 e 1987, 6 pessoas que tinham contratos de 8 burareiros venderam as terras para Rigoni Agropecuária. Esta empresa de Jaru fundiu os lotes em um só de mais de 3.600 hectares e vendeu-o em 1993 ao Venceslau de Jesus Bernardes, de São Caetano do Sul. Em 2000, João Arnaldo Tucci, de São Paulo, comprou as terras. Nenhuma destas transações foi sequer comunicada ao Incra. A Sra. Maria Ângela Simões Semeghini, dona de cartórios, moradora de Ji-Paraná, é hoje quem está na frente do movimento contra os camponeses. Apesar disto, estranhamente seu nome não consta em nenhum processo da área.
Em 1986 e 1987, 6 pessoas que tinham contratos de 8 burareiros venderam as terras para Rigoni Agropecuária. Esta empresa de Jaru fundiu os lotes em um só de mais de 3.600 hectares e vendeu-o em 1993 ao Venceslau de Jesus Bernardes, de São Caetano do Sul. Em 2000, João Arnaldo Tucci, de São Paulo, comprou as terras. Nenhuma destas transações foi sequer comunicada ao Incra. A Sra. Maria Ângela Simões Semeghini, dona de cartórios, moradora de Ji-Paraná, é hoje quem está na frente do movimento contra os camponeses. Apesar disto, estranhamente seu nome não consta em nenhum processo da área.
Gerência Dilma (PT) e “Justiça” Estadual defendem latifundiários grileiros
Um dos artigos da Constituição Federal diz: “Compete à União
desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em títulos da dívida agrária (...)” Mas os juízes
de Ariquemes fingem que este artigo não existe e mandam despejar os
camponeses, os únicos que usam a terra em benefício de toda a sociedade.
O governo Dilma (PT) enterrou de vez a reforma agrária, a única coisa
que o Incra faz é ajudar a PM a despejar camponeses. O governador
Confúcio Moura (PMDB) prometeu que iria intervir em defesa das famílias
para suspender o despejo por pelo menos 10 meses. Mas não se passaram
nem 4 meses e a PM – que é comandada pelo governador – já está pronta
para despejar o povo.
Os camponeses do Canaã estão decididos: não sairão de suas terras e estão dispostos a defendê-las até as últimas conseqüências! Qualquer conflito que ocorrer na área é de inteira responsabilidade do juiz de Ariquemes José Martins e da gerência Dilma (PT) e seus capachos da Ouvidoria Agrária e Incra.
Chamamos todos camponeses, trabalhadores e estudantes da cidade, todos os democratas a defenderem e lutarem ao lado das famílias da Área Canaã.
Terra para quem nela vive e trabalha!
O povo quer terra, não repressão!
O povo quer terra, não repressão!
são!
No hay comentarios:
Publicar un comentario