lunes, 21 de mayo de 2012

MEPR.- Pela 4ª Vez, Fora Marconi!

Hoje (19), pela manhã, aconteceu em Goiânia mais uma manifestação exigindo a saída do Governador do Estado de Goiás, Marconi Perilo. Muita animação e combatividade tem sido a marca dos protestos que tiveram início após a investigação da Polícia Federal "Monte Carlo".

Com palavras de ordem, os manifestantes percorreram o centro da capital goiana, recebendo o apoio da população e mostrando que os crimes do governador Marconi Perilo (PSDB) e de toda sua corja não serão esquecidos.

Ao final, a Polícia Militar, seguindo sua lógica repressiva, seguiu um grupo de parte da organização do ato e atacou os protestantes com spray de pimenta.
 
Alguns fatos

A cada dia se mostra o quão profunda e imbricada é a corrupção no Brasil, uma verdadeira necessidade política de Estado:

- Secretários do estado de Goiás recebiam um salário extra de Cachoeira. 
- Benedito Torres (irmão de Demóstenes Torres), Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público, tem seu nome envolvido na investigação. 
- Os coronéis da Polícia Militar pagavam pela sua promoção ao cargo para Cachoeira. Por lei, deveriam ser 28 coronéis, chegou-se até os 38. 
- Ficou provado que Cachoeira pagava à revista Veja pela publicação de matérias que lhe favoreciam e a seus apaniguados.

Mais informações

A operação da PF evidenciou o lobby existente no sistema político brasileiro. As escutas telefônicas provam o envolvimento direto do senador de Goiás (Demóstenes Torres), do governador (Marconi Perilo), além de vários deputados estaduais e federais e vereadores e prefeitos com o contraventor Carlinhos Cachoeira, chefe do "Jogo do Bicho".

O esquema de contravenção e corrupção se estende por outros estados, como Rio de Janeiro e também o Distrito Federal.

Outra prova, é do envolvimento dos mais variados partidos (PSDB, PT, PMDB, PSOL e etc.). Isto é, apesar das diferentes siglas, todos esses partidos recebem um mesmo financiamento - o que só pode gerar a defesa dos mesmos interesses, os da burguesia. As eleições só podem ser vencidas por quem tem maior poder financeiro, para formar uma gigantesca máquina de campanha cuja energia é paga pelos esquemas ilícitos, grandes empresas e o latifúndio.

O grupo Delta, conhecido por vencer a concorrência de grandes licitações - que pelo visto são apenas troca de favores - está presente em 23 estados da União e era a fachada da máfia. Através desse grupo ocorre a lavagem de dinheiro do jogo do bicho.

Ou seja, Carlinhos Cachoeira financiava a campanha de inúmeros políticos, entre eles governadores, tais como Marconi Perilo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), para no fim ter a licitações de grandes obras para poder lavar o dinheiro sujo a partir da Delta. Além de blindar suas atividades ilícitas.

Um verdadeiro estado paralelo. Ou melhor, o verdadeiro estado: a ditadura político-econômica do capital em sua forma mais límpida.
Com certeza, Cachoeira era um peão no jogo, atrás dele e de todos esses políticos, há um engendro muito maior de negociações nefastas ao povo brasileiro. Não é a toa que as empreiteiras, bancos, sucroalcooleiras, mineradoras, indústrias têxteis e outros grupos financiam as milionárias campanhas eleitorais, o retorno é certo.

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