No dia 8 de março, dia internacional da mulher proletária, o Movimento Feminino Popular de Recife celebrou este dia tal como deve ser: com muita luta. Em defesa da punição aos torturadores do regime civil-militar de 64, pichações e debates foram realizados nesse mês na capital pernambucana.
Contando com a participação de Socorro Abreu (coordenadora do curso de História da UFPE e membro da APAP*) e Sandra Lima (Movimento Feminino Popular) iniciamos a campanha em Recife com o debate “Mais de 30 anos se passaram, o que se tem feito dos torturadores do regime militar?” realizado no último dia 15 de março no auditório do Centro de Educação da UFPE e que contou com a presença de mais de 70 (setenta) pessoas.
Foi feito um esclarecimento histórico do golpe civil militar de 64 e suas implicações políticas, discussão sobre a forte repressão às organizações populares e militantes de esquerda (como ocorreu na Guerrilha do Araguaia e ao revolucionário Gregório Bezerra, torturado e arrastado pelas ruas de Recife) e a resistência empreendida durante todo esse período pelos militantes e organizações revolucionárias que enfrentaram corajosamente a repressão e covardia perpetradas pelos militares.
Foi destacada a participação de várias mulheres na luta de resistência, várias foram assassinadas, outras sobreviveram resistindo em condições bastante adversas e algumas tiveram o exílio como única alternativa, entre elas figuram nomes como Dinaelza Coqueiro, Iara Iavelberg, Alexina Crespo que passaram a compor o rol das heroínas da luta por justiça, democracia e transformação da nossa sociedade.
*Associação de Presos e Anistiados Políticos de Pernambuco
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