lunes, 24 de febrero de 2014

RIO DE JANEIRO: CONSTRUIR O GRANDE ATO ANTIFASCISTA É TAREFA DE TODOS OS LUTADORES! ... MEPR

É ponto comum o entendimento de que a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, e a histeria fascista que a ela se seguiu, inauguraram um período decisivo para o movimento popular do nosso país. Golpear as manifestações, sobretudo a juventude combatente, ali onde elas mais avançaram do ponto de vista da incorporação dos trabalhadores e da consciência política; pretender criar opinião pública favorável à aprovação da lei antiterrorismo e de uma outra série de leis de exceção, como a que prevê pena de até 6 anos para o genérico “crime” de vandalismo (Lei de Desordem em Local Público) –isso a três meses da Copa –é uma tática da reação para reprimir e esvaziar os protestos não apenas no Rio, mas nos quatro cantos do Brasil. A resposta à altura a essa cruzada antipovo se apresenta, por isso mesmo, como tarefa candente e das mais importantes a todos aqueles que têm tomado as ruas antes ou depois de junho.

A Frente Independente Popular do Rio de Janeiro (FIP-RJ), atacada pelos monopólios de imprensa com a ridícula acusação de “financiar” manifestantes, demarcou em sua Nota importantes questões de princípio, se afirmando definitivamente como porta-voz do que de mais avançado geraram as jornadas de junho. Enquanto toda a série de partidos eleitorais corriam a prestar contas ao monopólio de imprensa, sobretudo a Rede Globo, demarcando contra o que vulgarmente chamam “violência” –como se essa existisse assim em abstrato, e não possuísse um caráter de classe –a FIP-RJ reafirmou de forma combativa e corajosa a defesa do direito de resistência e rebelião por parte das massas exploradas e oprimidas; reafirmou o caráter falso desse dito Estado democrático de direito, que é de fato um Estado policial; e acusou a TV Bandeirantes, a qual, no mínimo, tem tanta responsabilidade pela morte de Santiago quanto o jovem que lançou o rojão, pois seu profissional atuava sem as mínimas condições de segurança no trabalho. Pela Nota da FIP falaram, sem dúvida, milhares e milhares de pessoas enojadas pela contrapropaganda fascista e odiosa da reação.

Tendo claras as profundas diferenças entre aqueles que defendem tais princípios e os que se dispõem a acordos e meio-termos com o velho Estado genocida brasileiro, se coloca nesse momento a importância de uma unidade tática, concreta, entre todos que se propõem a continuar nas ruas, enfrentando as polícias e os governos. Não precisa ser muito experiente para enxergar que o discurso de que se deve acabar com as manifestações “violentas” é apenas um artifício para inviabilizar toda e qualquer manifestação durante a Copa. A realização, portanto, no próximo dia 25/02, de um grande ato antifascista no Rio, voltado contra os monopólios de imprensa e as leis de exceção de Cabral e Dilma, unificando todos os fóruns organizados da cidade, é um acontecimento de grande importância e um exemplo para o país. Respeitando a independência política e organizativa de cada fórum e organização, é chave buscar fortalecer a iniciativa comum contra o inimigo que busca golpear a todos. Evidentemente que essa unidade exclui os governistas, como PT, PCdoB e outros, pois cabe a eles exatamente a responsabilidade por ter aplicado as medidas repressivas que têm resultado no ferimento e morte de incontável número de manifestantes desde junho. Os fascistas contra os quais se lutam são também eles, afinal.

Nós do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) reafirmamos nossa disposição em construir essa grande manifestação, integrantes que somos da FIP, entendida como parte de uma campanha mais ampla contra o terrorismo de Estado e a criminalização das lutas populares. A exatos 50 anos do golpe militar, devemos entoar ainda mais vigorosamente: fascistas não passarão!

Abaixo o terrorismo de Estado de ontem e de hoje!
Globo fascista, você que é terrorista!
Fora Cabral e a farsa eleitoral!

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