martes, 17 de diciembre de 2013

Todo apoio à combativa greve dos operários da construção civil de BH! ... MEPR

“A paciência acabou. Não vamos tolerar enrolação.’’


Desde 28 de novembro, milhares de operários de Belo Horizonte (MG) decidiram cruzar os braços, afirmando que só irão voltar ao trabalho quando a pauta de reivindicações for atendida. Essa combativa greve tem sacudido toda BH. Os trabalhadores, particularmente a juventude operária, tem demonstrado toda sua disposição de luta, radicalizando os protestos com bombas que eclodem a cada quarteirão por onde passam as manifestações, dando um claro recado de que a classe não está de brincadeira.

Essa rebelião operária é mais do que justa! Enquanto os empresários constroem hotéis de luxo para enriquecer durante os grandes eventos, à custa do suor e sangue do trabalhador, a classe padece em moradias improvisadas, sem saneamento básico, em áreas de risco, ou pagando aluguéis abusivos, por não terem onde morar.

A pressão das empreiteiras para a conclusão das obras antes da tentativa de Copa, fruto da ganância patronal, esgotam o trabalhador, que tem que trabalhar fim de semana e feriado para garantir sua subsistência, tudo sob pressão, pois os patrões cobram produção.

A burguesia suga o sangue do trabalhador, mas se recusa a pagar um salário digno, se nega a cumprir a legislação e fornecer alimentação nos canteiros de obras. Em Minas, os operários tem que levar marmita pro trabalho e não recebem lanche da tarde também.

Como não bastasse a exploração e humilhação diária, o sindicato patronal ofereceu um reajuste mísero de 7,5%, que em cima do salário do servente significa um aumento de R$1,85 por dia, ou seja, não paga nem um litro de leite. A intransigência dessa máfia patronal é tamanha que não compareceram na última reunião de negociação realizada no Ministério do Trabalho.

As principais reivindicações dos operários são:

---- Melhores salários;
---- Almoço e café da tarde em todos os canteiros de obras, e com qualidade (BH é uma das poucas cidades onde os trabalhadores ao têm esse direito garantido);

---- Fim da terceirização nos canteiros de obras;
---- Melhoria das condições de trabalho;

--- Adoção de medidas de segurança que realmente evitem os diversos “acidentes” (verdadeiros assassinatos) nos canteiros de obras;
---- Alojamentos decentes.

Os operários da construção civil são uma das categorias em que a exploração é mais brutal, onde todos os dias trabalhadores são assassinados com acidentes de trabalho, que acontecem justamente pela correria para entregar a obra, pelas péssimas condições de segurança e pela fome, que faz com que os operários trabalhem sem as mínimas condições.

O MEPR tem participado ativamente desde o início da greve, entendendo que os estudantes devem estar lado a lado com os operários nessa luta, que é de toda nossa classe, pois nossos inimigos são os mesmos, é o velho Estado e as classes dominantes parasitas e sanguessugas que o dirigem, a grande burguesia, o latifúndio e o imperialismo.

Chamamos toda a população, particularmente a juventude combatente, a apoiar a justa greve dos operários da construção,entendendo que se defendemos uma nova sociedade, livre de toda exploração do homem pelo homem, temos que construir desde já, novas relações entre os estudantes e operários.

Saudamos a diretoria do Sindicato Marreta que dirige essa greve tão importante, que acontece no ano em que o povo brasileiro se levantou nas grandes cidades contra toda opressão e injustiça. Os companheiros da Marreta têm conduzido com firmeza e determinação a classe na luta por seus direitos e se afirma assim como um sindicato classista e combativo. Segue como um exemplo de luta e resistência em meio a um movimento sindical tomado por direções pelegas e oportunistas, que conciliam com os patrões e vendem os interesses da classe.

Fazemos essa saudação em especial neste ano, em que os companheiros perderam o seu grande mestre Osmir Venuto. A diretoria do Marreta mantém erguida a bandeira do dirigente Osmir e persiste no caminho da luta classista e combativa, caminho esse trilhado pelo companheiro ao longo de sua vida.

Saudações vermelhas do MEPR aos companheiros da Marreta!

Viva a justa greve dos operários da construção civil!

Marreta no patrão, pra acabar com a exploração!



Para quem quiser participar, faça contato pelo email minas@mepr.org.br.

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